terça-feira, 18 de maio de 2010

No ateliê de Maria Guilhermina


Semana passada estive em Goiânia e aproveitei a ocasião para visitar o ateliê dessa artista maravilhosa que é a escultora Maria Guilhermina.



Maria Guilhermina é uma artista consagrada no exterior, com doutorado na Sorbonne e exposições em vários paises da Europa e Ásia. Sua casa, um paraíso verde encravado no meio de Goiânia, é o reflexo de toda sua criatividade e da sua visão estética-filosófica da vida.








O lugar é, sem dúvida, belíssimo, surpreendente a cada passo.




As esculturas de Maria Guilhermina se confundem com a natureza típica do cerrado. Elas aparecem de repente, numa curva da trilha. Como habitantes silenciosos e mágicos da floresta, totalmente integrados e harmônicos com o verde que os rodeia.




Foi um prazer imenso caminhar com Maria Guilhermina pelas veredas sinuosas e descobrir uma fonte onde um passaro de bronze fez seu ninho ou a luz batendo num seio perfeito de pedra, emoldurado pelo verde da mata.




Maria Guilhermina é, além de uma artista maravilhosa, uma pessoa muito generosa e está sempre pronta a compartilhar sua visão de mestre com quem se dispor a ouvi-la.







Passei momentos maravilhosos de comunhão artístico-espiritual com ela e, tenho absoluta certeza, esses momentos alimentarão meu coração (e minha criatividade) por meses. Uma lição de vida e de carreira.

Obrigado, Maria Guilhermina.



















segunda-feira, 19 de abril de 2010

ARTE DA VILA I, notas sobre o evento

Foi um final de semana intenso, lotado de experiências belíssimas e enriquecedoras, na ARTE DA VILA, evento anual organizado pelos artistas da Vila Madalena e do qual participei como artista convidado do Ateliê “Arte e Movimento” de Suzana Soares.

Reencontrei Suzana e seu marido, Ivan Mazetti, depois de tantos anos e regalei minha alma com a generosidade e o carinho dos dois.

Um gigantesco OBRIGADO para eles!

O trabalho de Suzana é singular. Ela mescla trabalho corporal com pedagogia Waldorf e pintura feita com tintas que ela mesma fabrica com produtos naturais numa alquimia meditativa de ervas, temperos, raízes, sementes e terras de cores diversas. Uma experiência sensorial que ajuda as pessoas a entrar em contato com a criatividade e a meditação de uma forma simples e sem esforço. Visitem seu ateliê:

R.. João B. Leme da Silva 54 Fone: 3021-3164, V. Madalena, SP

É um trabalho que, certamente merece ser conhecido!

O trabalho de Kiki Zerbini, que participou das aulas de corpo, também é muito interessante. São aulas bem lúdicas, sempre cheias de brincadeiras e risadas.

É muito legal assistir às mudanças graduais na flexibilidade e entrega dos participantes. No final está todo mundo mais calmo, sorridente, respirando melhor e prontinho para criar.

Também tive o grande prazer de ver minha obra exposta (e apreciada) por um público bem mais numeroso do que estou acostumado e pude trocar idéias sobre minha vivência artística com pessoas interessantíssimas.

Mas a melhor experiência de todas foi ver uma das mandalas que desenhei especialmente para o evento, ser colorida por muitas mãos com as tintas que a Suzana Soares cria. Mãos de criança, de adulto, de artista, de engenheiro, de jornalista, todo mundo em consonância, numa suave energia de criatividade, compartilhamento e amorosidade.

A mandala ficou linda! Extremamente harmoniosa. As tintas da Suzana deram um acabamento de cálida textura e transparências à obra. meio afresco, meio aquarela antiga.

Para minha alma de artista, essa troca foi uma experiência extremamente gratificante e enriquecedora.

Vejam algumas fotos do evento.






















terça-feira, 23 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

LENDAS DA FLORESTA (para o desenvolvimento da visão meditativa)

Olá amigos, Aqui estamos de novo, sobrevivendo ao dilúvio nosso de cada dia.
Como sempre, a sorte me acompanha e continuo achando tesouros no lixo. Desta vez foram umas telhas coloniais. Sua textura é uma delícia de pintar!



Estas novas peças representam a evolução de uma idéia que começou a amadurecer com a série de mandalas a nanquim. Neste trabalho tento expressar, artisticamente, a prática meditativa que venho desenvolvendo através do exercício da “conscientização do olhar”.

A sociedade moderna tornou nosso olhar mais preguiçoso e ausente, anestesiado pelo excesso de informação inútil. Através do exercício da visão meditativa, podemos restaurar ao olhar, suas faculdades essenciais.
É olhar para a arte como um processo de descongestionamento do olhar, que é nosso sentido mais desenvolvido e, por isso mesmo, o mais negligenciado.


Ao olharmos para estes desenhos, nada é o que parece ser. A primeira impressão que temos é de uma explosão de coisas –aparentemente- caóticas mas, aos poucos a confusão se transforma em dança, vão aparecendo detalhes que viram cenas, ritmos que mudam a velocidade do olhar, histórias dentro de histórias, imagens que acordam o lado criativo da mente e se comunicam com ele, sofisticando e tornando cada vez mais meditativo, o sentido da visão.

Boa viagem!